domingo, 10 de abril de 2011

Alçando vôo

 
Queridos amigos do blog, que me dão a honra da companhia, gostaria de compartilhar com vocês um texto que criei em um momento importante de minha vida.

Rendi uma homenagem a minha sobrinha, que admiro muito, pela bela personalidade que tem, em seu momento de formatura do ensino médio.

As palavras que lerão, traduzem, em síntese, o meu sentimento e minha impressão sobre ela.

Sem revelar detalhes mais pessoais, penso que consegui expressar as emoções sentidas.

Pedi a autorização dela, evidentemente, para compartilhar com vocês, essas linhas e, mais uma vez, do alto da segurança que o seu caminho já demonstra, deu-me um sim sonoro, revelando-me mais uma vez que já Alçou seu Vôo com plena segurança.

Eis o que me veio à mente... Abraços e boa leitura.


Reza o conto que o pardal aspirava ser como a águia. Ansiava para ter o vôo preciso, perfeito, ser forte e ter as asas grandes e frondosas. Ter o olhar calmo e seguro, de uma ave que vislumbra a imensidão e a quietude com a autoridade dos grandes...
O desfecho deste conto, a nós não importa. Importa-nos te dizer,  que também somos águias. E que ainda alçamos nossos vôos rumo à vida que nos aguarda. Mas que somos águias mais vigilantes, em outra fase da caminhada, e por isso mesmo, podemos observar com muito orgulho, e por que não dizer, até certo ar de arrogância, a precisão das manobras tuas, uma das águias mais jovens do clã.
A liberdade e o desejo de mundo pulsam neste teu coração. Isso nos envaidece. Faz-nos enxergar, a partir dos teus olhos, que existe uma vida se descortinando a sua frente.
A segurança que vem do olhar, a presteza que vem do carinho, o conhecimento que vem da palavra, o afago que vem do abraço, a velocidade da resposta que vem da inteligência, a agressividade que vem da defesa do ponto de vista, o beijo fraterno que vem do amor, tudo... Tudo e muito mais que não cabe aqui, vem de um coração muito maior do que o teu corpo.
Sabemos disso!
Sabemos que já alçaste o vôo para o teu rumo. Não tens mais as asas claudicantes dos que não sabem voar. A cada novo dia, nos fica mais claro o que tu és e será.
O que nos cabe dizer, é que sempre terá em nós, tua família, os olhos vigilantes das águias, mas não para censurar ou mensurar teus passos, muito antes pelo contrário, para nos orgulhar e aplaudir o abrir das tuas asas, numa envergadura como nunca dantes encontrada, para seguir voando na mais bela das aventuras que dispomos: a vida.
Que o conhecimento te traga a liberdade das águias, querida e amada sobrinha.
Da Família que te ama!

3 comentários:

  1. Daniel, teus textos são tão envolventes, que já ficamos ansiosos aguardando o próximo.
    Estás mostrando que além de um exímio músico, também escreves com maestria!
    Abraços!
    Néia

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  2. Querida Néia, de comentários como estes vivemos nós, seres afetivos que, através das palavras expressamos sentimentos quer sejam de angústias, orguho ou extrema alegria...e assim, a partir dos elogios aqui postos sigo, em minha curta, mas que anseio ser longa, caminhada pelas palavras.
    valeu Néia. Abraços

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  3. Você vai longe, sim!
    Li o último post.
    Sempre achei que para um músico como você, cantar fosse a coisa mais simples e fácil do mundo. Me surpreendeu a revelação e me curvo diante da tua humildade. Além de ser fã do DANIEL artista, passei a admirar o DANIEL como "pessoa".
    Beijos
    Néia

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