segunda-feira, 26 de março de 2012

O Caminho

“Não sei se estamos fazendo história. Nosso trabalho é jogar bem para quem está no estádio”.  Pep Guardiola (Técnico do F C Barcelona).
 Declaração dada à revista STATUS.
Bruce Lee morreu cedo, aos 32 anos, de um edema cerebral. Mas fez história. Foram apenas cinco filmes que ficaram, mas inaugurou uma forma de cinema, numa junção entre China e Hollywood. Ainda possui, transcorridos todos esses anos após sua morte, milhares de fãs identificados com seu estilo. Talvez isso, os fãs, seja muito, o fruto de seu descomunal carisma.
Mas a rigor, não é isso que me chama a atenção. Nem é isso que quero frisar. 
Durante seus poucos anos de vida, ele foi um obstinado. Na luta, foi completo. Treinou e dominou as técnicas de kung fu, boxe, judô, tae kwon do, entre outras. Paralelo às questões físicas, também cuidou da alma. Estudou Filosofia na universidade e carregou consigo ensinamentos de Taoísmo e Budismo ao tatame. 
A junção da prática física com esse viés filosófico, fez com que Bruce Lee criasse sua própria arte marcial: o jeet kun do.
O genial de quem faz história é exatamente esse detalhe sutil. Não está tentando fazer história. Está apenas levando adiante a arte de dedicar-se absolutamente ao seu ofício de trabalho e de viver seus valores. 
Isso reforça a máxima secular de que o importante é o caminho e não a chegada.
É no desenrolar e nos desdobramentos cotidianos que vamos construindo o que no futuro será a nossa história. Se nossa história irá ter repercussão, aí depende da qualidade e do afinco com que nos dedicamos para sermos eficazes e eficientes nas nossas tarefas.
Não adianta sonhar com os quinze minutos de fama, que muitos buscam. Sem conteúdo ninguém se sustenta. Os holofotes, pra quem não tem algo de valor a dizer, logo se apagam. Não há nada a contar.
A frase inicial desta crônica revela a mesma coisa que Bruce Lee fez. O Barsa tem um modelo de treinamento extraordinário. Voltado inteiramente à absoluta precisão e objetividade em seu ofício de jogar futebol. Dedicação árdua e ininterrupta com foco na eficiência e eficácia no presente, o que, é claro, repercute num futuro de bela história.
Portanto meus amigos, é com foco intenso no hoje que conseguimos construir o amanhã. A rigor, nenhuma novidade, mas sempre é bom relembrar.
Desejo que sua dedicação construa uma bela história a você.
Abraços e Sucesso a todos.
Daniel Hack