terça-feira, 16 de agosto de 2011

Alô queridos companheiros do blog, antes do texto quero cumprimentar a todos justificando o tempo que não atualizava o Palavra de Artista.
 O fato é que mais de uma coisa concorrem para que não seja assíduo neste espaço que gosto tanto, a saber: o pouco tempo que disponho, a dedicação aos meus ofícios de Prof. De Acordeon, um tempo dedicado às composições e ao estudo do meu instrumento e finalmente, talvez neste caso o fato mais relevante, a falta de inspiração, para poder partilhar com vocês coisas que eu entenda ser, relevantes.
 Mas enfim, busquei em meus arquivos algo que tinha escrito e, aí está. Espero que gostem.

Criatividade: ter para sobreviver

 Heinz é uma marca de alimentos, mundialmente famosa. O seu Catchup foi um dos primeiros produtos que fizeram um enorme sucesso.Heinz é o sobrenome de um empreendedor alemão que migrou para os EUA no sec XIX.  Ao contrário de muitos, não estava com dificuldade financeira, as evidências mostram que ele migrou em busca de aventura e novos caminhos.
Depois de alguns anos, entre erros e acertos ele finalmente se encontra na Heinz
Indústria de Alimentos.
Começa como sócio da mãe e de um irmão, até enfim tornar-se proprietário único.
Era incansável. Trabalhava muito na descoberta de novos produtos dentre os quais o famoso catchup.
Nos anos que se seguiram, eram impressionantes as atitudes acertadas do
empresário.
Descoberta de produtos, negociações para exportação, idéias de controle de qualidade, posicionamento de marca, logomarca, enfim, uma série de atitudes assertivas e, todas intuitivas que foram transformando a Heinz numa gigante do
mercado.
Ok. Voltaremos a ele.
Há algum tempo faleceu Lia Pires, um dos mais famosos advogados do país. E cito dele, dois casos que li no jornal.
Ele defendia um acusado que andava se contradizendo nos depoimentos, no que tangia ao horário.
No dia da sustentação, no tribunal, Lia Pires andava de lado a lado na defesa de seu cliente, com brilhante oratória. Inesperadamente cai uma lâmpada no tribunal o que, ocasiona um susto gigantesco em todos ali. Ele segue falando, como se nada tivesse acontecido. Depois de alguns minutos ele finalmente se reporta ao episódio da lâmpada, e pede que os jurados anotem em um papel o exato horário em que a lâmpada caiu e quebrou... Bingo.
Nenhum jurado acertou.
E foi isso que ele usou a favor do seu cliente: “se num episódio recente, ninguém sabia que horário o fato ocorrera, como alguém iria lembrar uma hora exata de dois ou três anos atrás?!
Outro acontecido com Lia Pires. Defendia ele um sapateiro que havia cometido um homicídio.
Há dois anos que um sujeito passava em frente a sapataria e invariavelmente, ofendia o sapateiro com palavrões.
Certo dia, o homem perdeu o controle e feriu a quem o ofendia, mortalmente.
Lia Pires se preparava para sua sustentação oral, e começou:
- Sua Excelência... Sua Excelência ( e fazia-se um silêncio)... Sua Excelência...
Quando foi dito pela quarta vez, o Juiz interferiu: “Se proferires mais uma vez Sua Excelência, mando prende-lo, Doutor!”
Foi então que o brilhante Lia Pires interceptou: “Se te ofendeste por que te elogiei quatro vezes, imagina como ficaria se te ofendesse com palavrões durante dois anos, todos os dias?!”

O ponto convergente, entre as duas histórias, é a criatividade. Ambos tinham um “algo mais” a oferecer que transcende o aprendizado dos manuais.

Não é uma apologia a não formação que faço aqui. Mas antes um alerta de que hoje precisamos, além de toda qualificação possível, uma capacidade criativa.

Esse algo mais está ligado às questões de diferenciação, de inventividade, que façam aparecer formas extraordinárias de produtos e ou prestação de serviços.

Existe hoje, no mercado, um número enorme de instituições de ensino formal. Com isso, o acesso ao conhecimento aumentou vertiginosamente.

Centenas de milhares de formandos são “desaguados” todos os anos nas ruas para também atuar.
As informações estão cada vez mais acessíveis a todos. Novas formas de disseminar conhecimento como a web também estão a disposição.
Como vamos sobreviver? Sendo diferentes e criativos! E isso está fora dos manuais.
Precisamos, cada vez mais, aguçar nossos pensamentos, para caminhos alternativos, que ofereçam opções diferenciadas ao consumidor do século 21.
E olha que esses indícios, a partir dos relatos que fiz neste texto, são de muito tempo atrás.
A diferença sempre fez a diferença!
Portanto amigos, estamos na era do conhecimento, profetizada como a terceira onda, pelo grande sociólogo Alvin Toffler em seu celebre livro ( de mesmo nome), onde o saber é condição de sobrevivência, mas que trouxe a reboque, com intensidade como nunca dantes, a criatividade.

Que seus conhecimentos sejam criativos.

Abraços e sucesso a todos.