A música instrumental, por mais que seja sucesso, tem lá suas restrições. Dificilmente, pra usar um termo que atenue o comentário, uma música só tocada terá projeção da música cantada.
De todo modo ( abro um parêntese agora), a minha aproximação com a música, tem uma íntima relação com a capacidade de comunicação com as pessoas.
E esse fascínio por pessoas e por comunicação, fez sempre a minha percepção seletiva, mesmo que inconscientemente, enxergar os cantores. Que são um grande alvo nos palcos.
Infelizmente, eu nunca me dediquei ao canto.
Primeiro, por não possuir aquela capacidade inata de cantar afinadamente com facilidade, m típica dos cantores de ofício.
Segundo, por ter muito cedo me dedicado a cordeona e, assim ter também precocemente tocado ao lado de grandes músicos, o que dificultava o progresso no meu cantar, já que na gaita os acordes emanavam com certa eficácia, muito melhor do que as notas que a garganta tentava entoar.
Mas sempre em mim, persiste o brilho nos olhos de enxergar uma multidão se curvando diante de uma interpretação magistral desses cantores que tive e tenho a oportunidade de ver e ouvir.
Assim, depois de relutar durante um tempo, resolvi cantar a canção aqui postada.
Até por se tratar de uma letra que expressa muito a verdade da minh’alma. Uma brilhante poesia do Dionísio Costa que tive a honra de musicar.
Feito a melodia, senti a necessidade de cantar. E foi o que fiz.
Devo ainda agradecer a parceria do grande músico Oscar Soares, estúdio onde fiz a gravação. Ao Reva pela pilotagem dos equipamentos e ao Dionísio Costa pela co-produção musical.
Está aí a canção e, desejo que escutem muito mais o meu sentimento do que a voz.
Espero que gostem, pois é um dos raros momentos em que boto a Força do Fole e também da Voz.
Abraços.
(obs: A música você ouve no MP3 a esquerda da página.)
(obs: A música você ouve no MP3 a esquerda da página.)