quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O QUINTAL DO TRANSATLÂNTICO



                                                      

...Em razão das distorções semânticas e culturais, quando se ouve falar de qualidade de vida pensa-se imediatamente no carro do ano, uma boa casa, alto salário, uma família feliz, boas amizades e ganhos materiais significativos. É aquela velha atitude reativa, dependente, de pensar: minha qualidade de vida e felicidade dependem dos outros ou dos benefícios materiais externos a mim...
Trecho extraído do livro: A qualidade começa em mim, do Dr. Tom Chung.

Opinião:  tenho certeza de que muitos estão balançando a cabeça afirmativamente. Inclusive eu, quando li, fiquei chocado. A verdade é que nosso conceito de felicidade é moldado pela cultura, pelo meio social e, atualmente, a idéia de felicidade é materialista.
Não há como negar. Todos somos alvos, mesmo que involuntariamente, do momento histórico.
Pensem comigo: o grande frisson do momento é viajar... Pipocam feito loucos os pacotes nos transatlânticos.
A Indústria criou isso. E a partir da divulgação, vira uma epidemia. Muitas são as pessoas que se sentem frustradas por não poder viajar.
Interessante, não?
Quando essas coisas começam a exercer pressão interna, ou seja, ansiedade, angústia e outras coisas mais, é que temos de dar uma monitorada em nossa alma. Saber se realmente aquilo que parece ser espetacular, não é só uma compensação, passageira, de fraquezas e buscas do nosso eu.
De repente uma casinha branca de varanda , um quintal e uma janela, pode ser mais que suficiente para sua felicidade, e embora o transatlântico, de um modo geral, seja branco e tenha janela, não dá pra pisar no seu quintal, sob pena e risco de  afogar-se.
Cuidemo-nos para não nos afogar em sonhos que não nos realizam como pessoas.
Abraços e Sucesso.

2 comentários:

  1. Daniel...
    é bem por aí. Tua reflexão é bem coerente. Às vezes as pessoas se deixam envolver por esse momento e esquecem de que qualidade de vida, antes de mais nada, quer dizer se sentir bem. É o tipo de coisa que você não consegue passar da abstração para o concreto. Portanto não adianta procurar em carros Okm, viagens, grifes..pois isso satisfaz por um momento, mas depois, se você não estiver bem consigo mesmo, virará apenas álbum de recordações. Nada mais.
    Quer uma prova... tente desenhar amor, felicidade, ..vc pode registrar os momentos..mas "desenhar" o sentimento é humanamente impossível. E como vc já disse, antes do "TER", devemos procurar o "SER", para q realmente tenhamos qualidade de vida em nossas vidas...
    Adorei o tema e tua argumentação a respeito. Isso aí, guri!
    Beijos
    Néia Hauer..

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  2. Muito bom heim "chê".... rsrsrs
    Quando eu penso que já li o melhor tu vem e me apresenta um desses!! Hehehe Loco véio show mesmo, grande abraço!

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