quinta-feira, 21 de abril de 2011

Na Força do fole... E da voz!

A força que uma mensagem musical encontra na voz e no texto, é inigualável.
A música instrumental, por mais que seja sucesso, tem lá suas restrições. Dificilmente, pra usar um termo que atenue o comentário, uma música só tocada terá  projeção da música cantada.
De todo modo ( abro um parêntese agora), a minha aproximação com a música, tem uma íntima relação com a capacidade de comunicação com as pessoas.
E esse fascínio por pessoas e por comunicação, fez sempre a minha percepção seletiva, mesmo que inconscientemente, enxergar os cantores. Que são um grande alvo nos palcos.
Infelizmente, eu nunca me dediquei ao canto.
Primeiro, por não possuir aquela capacidade inata de cantar afinadamente com facilidade, m típica dos cantores de ofício.
Segundo, por ter muito cedo me dedicado a cordeona e, assim ter também precocemente tocado ao lado de grandes músicos, o que dificultava o progresso no meu cantar, já que na gaita os acordes  emanavam com certa eficácia, muito melhor do que as notas que a garganta tentava entoar.
Mas sempre em mim, persiste o brilho nos olhos de enxergar uma multidão se curvando diante de uma interpretação magistral desses cantores que tive e tenho a oportunidade de ver e ouvir.
Assim, depois de relutar durante um tempo, resolvi cantar a canção aqui postada.
Até por se tratar de uma letra que expressa muito a verdade da minh’alma. Uma brilhante poesia do Dionísio Costa que tive a honra de musicar.
Feito a melodia, senti  a necessidade de cantar. E foi o que fiz.
Devo ainda agradecer a parceria do grande músico Oscar Soares, estúdio onde fiz a gravação. Ao Reva pela pilotagem dos equipamentos e ao Dionísio Costa pela co-produção musical.
Está  aí a canção e, desejo que escutem muito mais o meu sentimento do que a voz.
Espero que gostem, pois é um dos raros momentos em que boto a Força do Fole e também da Voz.
Abraços. 

(obs: A música você ouve no MP3 a esquerda da página.)

domingo, 10 de abril de 2011

Alçando vôo

 
Queridos amigos do blog, que me dão a honra da companhia, gostaria de compartilhar com vocês um texto que criei em um momento importante de minha vida.

Rendi uma homenagem a minha sobrinha, que admiro muito, pela bela personalidade que tem, em seu momento de formatura do ensino médio.

As palavras que lerão, traduzem, em síntese, o meu sentimento e minha impressão sobre ela.

Sem revelar detalhes mais pessoais, penso que consegui expressar as emoções sentidas.

Pedi a autorização dela, evidentemente, para compartilhar com vocês, essas linhas e, mais uma vez, do alto da segurança que o seu caminho já demonstra, deu-me um sim sonoro, revelando-me mais uma vez que já Alçou seu Vôo com plena segurança.

Eis o que me veio à mente... Abraços e boa leitura.


Reza o conto que o pardal aspirava ser como a águia. Ansiava para ter o vôo preciso, perfeito, ser forte e ter as asas grandes e frondosas. Ter o olhar calmo e seguro, de uma ave que vislumbra a imensidão e a quietude com a autoridade dos grandes...
O desfecho deste conto, a nós não importa. Importa-nos te dizer,  que também somos águias. E que ainda alçamos nossos vôos rumo à vida que nos aguarda. Mas que somos águias mais vigilantes, em outra fase da caminhada, e por isso mesmo, podemos observar com muito orgulho, e por que não dizer, até certo ar de arrogância, a precisão das manobras tuas, uma das águias mais jovens do clã.
A liberdade e o desejo de mundo pulsam neste teu coração. Isso nos envaidece. Faz-nos enxergar, a partir dos teus olhos, que existe uma vida se descortinando a sua frente.
A segurança que vem do olhar, a presteza que vem do carinho, o conhecimento que vem da palavra, o afago que vem do abraço, a velocidade da resposta que vem da inteligência, a agressividade que vem da defesa do ponto de vista, o beijo fraterno que vem do amor, tudo... Tudo e muito mais que não cabe aqui, vem de um coração muito maior do que o teu corpo.
Sabemos disso!
Sabemos que já alçaste o vôo para o teu rumo. Não tens mais as asas claudicantes dos que não sabem voar. A cada novo dia, nos fica mais claro o que tu és e será.
O que nos cabe dizer, é que sempre terá em nós, tua família, os olhos vigilantes das águias, mas não para censurar ou mensurar teus passos, muito antes pelo contrário, para nos orgulhar e aplaudir o abrir das tuas asas, numa envergadura como nunca dantes encontrada, para seguir voando na mais bela das aventuras que dispomos: a vida.
Que o conhecimento te traga a liberdade das águias, querida e amada sobrinha.
Da Família que te ama!